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Como Mandar Suas Preocupações Pro Inferno (e começar a viver)

A Vida É um Caos, e Você Não É Especial

Olha só, eu sei como é. Você tá deitado às três da manhã, com o cérebro dando uma rave dos infernos, tocando cada cenário catastrófico que ele consegue inventar. Vai perder o emprego. A conta não fecha. Aquela briga com o amigo? Provavelmente o apocalipse. Parabéns, você não é único — todo mundo já caiu nessa lama pegajosa de “e se”. Preocupar-se é humano. Também é uma merda inútil. Não resolve seus problemas; só fode seu sono e te deixa com vontade de devorar um pote de brigadeiro.

Eu já passei por isso. Há uns anos, perdi uma semana inteira surtando por causa de uma apresentação no trabalho. Ensaiava cada slide como se minha vida dependesse disso. Adivinha? A reunião foi cancelada. Ninguém viu porra nenhuma. Joguei sete dias no lixo por um fantasma. Parece familiar? É essa a armadilha. Você não tá resolvendo nada; tá só cavando um buraco pra se lamentar.

Mas ó, tem jeito de sair dessa. Não é bonito, não é mágico, mas funciona. Dale Carnegie, um cara de verdade que não precisava de Instagram pra passar sabedoria, sacou como não deixar a cabeça te ferrar. Nada de “pensa positivo” ou outras baboseiras de coach. Ele jogou na mesa umas verdades cruas pra te tirar desse looping mental. Quer aprender a mandar suas preocupações pro espaço sem virar refém de papo furado? Cola aqui. É feio, mas é real.

Pare de Remoer o Passado e o Futuro, Seu Idiota

Você já parou pra calcular quanto tempo desperdiça chorando pelo que já foi ou tremendo pelo que nem rolou? Não é nenhuma rainha de contos, mas insiste em trancar o hoje pra se lamentar pelo ontem ou pirar com o amanhã. Spoiler: isso não conserta nada. Só te deixa com olheiras e uma vontade besta de brigar com o mundo. Viver assim é como tentar dirigir olhando pelo retrovisor e pelo para-brisa ao mesmo tempo — você vai se espatifar, e feio.

Conheci um cara, o João, que era mestre em se ferrar desse jeito. Passou dois anos remoendo um término com a ex que, sendo honesto, nem valia tanto drama. Cada café virava uma sessão de “e se eu tivesse feito isso” ou “será que ela tá com outro?”. O coitado tava preso num looping infernal, enquanto a vida passava reto. Até que, meio na marra, ele decidiu parar de cavar o próprio buraco. Começou a focar no agora — tipo, “vou curtir essa cerveja e não pensar nela”. Parece idiota, mas foi o que o puxou pra cima.

Dale Carnegie, que não era de conversa mole, já tinha sacado isso há séculos. Ele falava em “compartimentos diários hermeticamente fechados”. Em bom português: tranca a porta do passado e do futuro. O que passou, passou. O que vem, ninguém sabe. O hoje é o que tá na sua mão. Quer tentar? Pega um caderno e faz o que ele manda: responde aquelas perguntas pesadas como se estivesse desabafando no bar. “Eu fico adiando a vida por medo do que vem depois?” “Tô amargando o agora por algo que já era?” Escreve tudo. É libertador pra caramba.

Mais uma: escolhe um horário pra deixar o futuro de lado. Tipo, depois das 18h, dane-se o que pode rolar amanhã. Vai cozinhar, ver uma série, ou só ficar encarando o teto. Mas vive o presente. Parece simples, né? É. E é por isso que funciona. João testou, e hoje até ri de si mesmo — algo que você também pode fazer, se parar de se boicotar. Então, vai lá: o que tá te prendendo no ontem ou no amanhã? Desembucha e começa a mudar isso hoje.

Olhe o Pior de Frente e Diga: “É Só Isso?”

Você tá aí, com o coração na mão, achando que o mundo vai desabar porque algo pode dar errado. Quer um segredo pra parar de surtar? Encare o pior cenário de uma vez, aceite que ele pode rolar e dê um tapa na cara do medo. É mais eficaz que qualquer tequila barata. Não é sobre ser corajoso, porque, vamos combinar, ninguém é herói o tempo todo. É sobre parar de correr como se o problema fosse um monstro de filme B.

Teve um engenheiro, Willis Carrier, que tava no olho do furacão. O cara tinha botado a reputação e uns 20 mil dólares dos chefes numa máquina que não funcionava. Imagina a pressão: ele achava que ia perder o emprego, virar piada, talvez até ter que vender o carro pra pagar as contas. Tava na merda. Aí, em vez de se afogar em pânico, ele fez o seguinte: parou, pensou no pior — tipo, “vão me demitir, vou ficar na rua, beleza” — e aceitou. Sabe o que aconteceu? O peso saiu das costas. Ele ficou calmo o suficiente pra bolar um plano e consertar a situação. Não virou herói de capa, mas sobreviveu. E a máquina? Acabou funcionando.

Quer tentar? Pega aquele problema que tá te comendo vivo. Pode ser qualquer coisa: medo de perder o trampo, de levar um fora, de não pagar a fatura. Escreve no papel: “Qual é o pior cenário possível?” Tipo, “Fui demitido, não tenho grana, volto pra casa da minha mãe.” Agora, respira fundo e pergunta: “E daí? Eu sobrevivo ou não?” Spoiler: você provavelmente sobrevive. Por último, lista três coisas práticas pra melhorar a situação. Exemplo: atualizar o currículo, cortar o cafezinho de 15 reais, conversar com um amigo que entende de freelas. Não é mágica, é só parar de fugir.

Quando você encara o pior, percebe que ele não é tão assustador. É como olhar pra um bicho-papão e ver que é só um lençol velho. Carrier descobriu isso na marra, e você também pode. Então, qual é o monstro que você tá evitando? Escreve ele no papel e dá um soco. Você é mais durão do que pensa.

Preocupação É Veneno, e Você Não É Imortal


Quer encurtar sua vida sem precisar de cigarro ou fast food? É só continuar se matando aos poucos com esses “e se” que não largam sua cabeça. Preocupação é veneno, e não daqueles que te derrubam de uma vez — é o tipo lento, que te desgasta até você virar uma versão zumbi de si mesmo. Não acredita? Pergunta pro seu coração acelerado às duas da manhã ou pra aquela dor de cabeça que não explica. Spoiler: não é só cansaço, é sua mente te dando um chute.

Conheci uma mina, a Clara, que aprendeu isso na marra. Ela era o tipo que carregava o mundo nas costas — trabalho, família, medo de falhar. Ficava horas remoendo o que o chefe disse ou se ia dar conta das contas. Até que o corpo gritou: burnout. Insônia, tremedeira, zero energia. Teve que parar tudo, largar o orgulho e reaprender a viver. Não foi bonito, nem rápido. Clara precisou encarar que se preocupar não pagava boleto, só cobrava a saúde dela. Hoje, ela tá melhor, mas ainda carrega as cicatrizes de quem ignorou os sinais.

Dale Carnegie já avisava: “Quem não sabe combater as preocupações morre jovem.” Não é papo de novela, é fato. Sua cabeça não é à prova de bala, e seu corpo menos ainda. Quer dar um freio nisso? Começa prestando atenção no que seu corpo tá dizendo. Taquicardia? Insônia? Dor de cabeça que vem do nada? É sua mente te sabotando. Anota esses sinais como se fosse um detetive cansado da própria vida.

Depois, faz o seguinte: troca uma hora de ficar ruminando por algo que te tire da cabeça. Caminhar até a padaria, lavar a louça como se fosse terapia, dançar uma música idiota no quarto — qualquer coisa que te force a estar no mundo real. Parece bobo? Ótimo, porque as coisas simples são as que pegam. Clara começou assim, trocando noites de ansiedade por séries ruins e faxinas nervosas. Não resolveu tudo, mas deu a ela um pouco de ar.

Você não é imortal, e se preocupar até desmaiar não vai te salvar. Então, me diz: que sinal seu corpo tá te dando que você tá ignorando? Para de fingir que é forte pra tudo e começa a chutar esse veneno pra longe. Hoje.

Pensar Direito Não É Magia, É Sobrevivência

Pensar errado é como dirigir com o freio de mão puxado. Você até se mexe, mas vai se ferrar no caminho, gastando energia pra nada. O pior? Acha que é só você que trava na hora de decidir. Não é. Todo mundo já tomou uma decisão idiota por puro pânico. Mas aqui vai uma verdade que ninguém te conta: pensar direito não é dom de gênio, é só uma ferramenta. E, como qualquer ferramenta, você aprende a usar na base da porrada.

Eu já fui o rei de pensar torto. Uma vez, recebi um e-mail do chefe às 22h, daqueles que parecem inofensivos, mas te fazem sentir que o mundo tá desabando. Era só um “vamos conversar amanhã”. Pronto: passei a noite inteira imaginando que ia ser demitido, que o projeto tava um lixo, que eu era um fracasso. Surtei. No dia seguinte? Ele só queria pedir minha opinião sobre um cliente. Perdi horas de sono por uma fantasia que criei. Aprendi na marra: pânico não resolve, só embaralha.

Dale Carnegie já dizia que o bom raciocínio olha pra causas e efeitos, não pra paranoias. Mau raciocínio? É o que te deixa tenso, com o estômago embrulhado, vendo problema onde não tem. Quer sair dessa? Antes de surtar, para e pergunta: “Quais são os fatos? O que eu sei de verdade?” No meu caso, o fato era: um e-mail vago. Nada de demissão, nada de crise. Só um e-mail. Parece óbvio agora, né? Mas na hora a gente esquece.

Depois, faz um plano simples com base no que é real. Nem que seja “vou esperar até amanhã” ou “vou ligar pra alguém que entende disso”. Não precisa ser uma obra-prima, só precisa te tirar do looping. Eu comecei a fazer isso — anotar fatos num papel, como se fosse um mecânico diagnosticando um carro quebrado. “O motor tá funcionando? Sim. Então por que tô achando que vai explodir?” Funciona porque te força a ver o que é concreto, não o que sua cabeça inventa.

Falhar faz parte. Você vai pensar torto de novo, vai surtar de novo. Beleza, é assim que se aprende. O truque é não deixar o pânico dirigir. Então, me diz: qual decisão você tá enrolando porque tá preso na própria cabeça? Pega os fatos, faz um plano e anda. Sobreviver é mais simples do que parece.

Pare de Chorar e Mexa-se

Chega de se afogar em preocupações que não levam a lugar nenhum. Remoer o passado? Não volta. Surfar com o futuro? Não controla. Viver o hoje, encarar o pior de peito aberto e pensar com os pés no chão? Isso te mantém vivo. Não é sobre virar um super-humano que nunca treme — é sobre parar de cavar o próprio buraco e começar a andar, mesmo que seja tropeçando.

Você não precisa de um coach de sorriso colgate te dizendo pra “visualizar o sucesso”. Precisa de menos drama e mais ação. Ficar preso na própria cabeça é fácil; o difícil é dar o primeiro passo pra sair dessa merda. Mas sabe o que é libertador? Perceber que suas preocupações são só barulho, não fatos. E que, no fim das contas, você é mais durão do que imagina.

Então, pega tudo isso — o foco no agora, a coragem de olhar pro pior, o cuidado com sua saúde e o raciocínio claro — e faz alguma coisa. Não amanhã, não semana que vem. Hoje. Qual preocupação você vai chutar pro escanteio agora? Não me vem com desculpas. Levanta, respira e mexe-se. A vida é bagunçada, mas você não tá sozinho nessa.



Filósofo pop, coach involuntário, e especialista em encontrar sentido até no caos de Rick and Morty.

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